10 July, 2013

Índia


A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
O cristianismo está no país desde o ano 52. Segundo a tradição, o discípulo Tomé foi à Índia nessa época, levou alguns indianos a Jesus e estabeleceu sete igrejas na região conhecida agora como Kerala, além de outras em Madras. Ele foi martirizado e sua sepultura ainda está em São Tomé de Meliapor.
Nos séculos XV e XVI os portugueses chegaram à Índia e consigo levaram as missões cristãs, que teriam tanto uma função administrativa quanto religiosa na região. Quando lá chegaram, encontraram os cristãos de São Tomé, que tinham ritos e liturgias orientais. Os portugueses, então, tentaram passar aos cristãos locais a forma católica romana de cultuar a Deus. A construção da primeira igreja cristã pelos portugueses aconteceu do estado de Goa, em 1510.
As primeiras missões protestantes chegaram à Índia no século XVIII, através dos luteranos da Alemanha. Desde então, diversas igrejas foram estabelecidas no país. Hoje há três correntes do cristianismo na Índia: protestante (igrejas tradicionais), independente e católica romana.
Os cristãos formam 2,3% da população (cerca de 24 milhões de fiéis); mais da metade deles é católica. Os protestantes também formam um grupo grande e se dividem em anglicanos, ortodoxos, batistas, presbiterianos e luteranos. Os independentes são igrejas que não estão filiadas às tradicionais e incluem as pentecostais.
A Perseguição
A tensão entre hindus, siques, muçulmanos e cristãos é grande. Há muitos relatos de ataques a igrejas, raptos, detenção e intimidação feitos por extremistas hindus. Essas ações são particularmente dirigidas aos líderes das igrejas.
Oito estados têm leis anticonversão, que impedem a conversão de hindus ao cristianismo. Mesmo assim, muitos dalits pobres têm se convertido. Os dalits formam a casta mais baixa da sociedade hindu. Eles são conhecidos comumente como "intocáveis", pois sua posição os torna indignos de ser tocados por pessoas de castas mais altas.
Empregos e empréstimos governamentais são negados àqueles que se convertem ao cristianismo, e o monitoramento dos cristãos tem aumentado. No entanto, alguns casos recentes de perseguição tornaram-se públicos e resultaram em uma atenção maior do governo, para proteger os direitos e liberdade dos cristãos. Grande parte da perseguição é realizada por alas radicais de hindus e muçulmanos, que têm oprimido, atacado e até assassinado cristãos.
O ano de 2011 foi muito dificil para a igreja indiana, constantes ataques foram feitos contra os cristãos nas mais diferentes partes do país. Oito cristãos foram presos no estado de Andhra Predesh sob a acusação de radicais hindus de que estavam pregando e forçando as pessoas a se converterem ao cristianismo, quando na verdade estavam apenas orando reunidos na rua.
História e Política
A Índia é o sétimo maior país do mundo em extensão. Sua área corresponde a um terço do Brasil. Localizada na região centro-sul do continente asiático, a Índia é delimitada ao norte pelo Himalaia, a cadeia de montanhas mais alta do mundo, fazendo fronteira com Paquistão, China, Nepal, Butão, Bangladesh e Mianmar.
A vasta planície central é caracterizada pela presença de três rios: Ganges, Indo e Brahmaputra. No extremo sul do país, uma grande região é ocupada pelo planalto do Decão. Seu nome faz referência ao rio Indo, que vem do persa Hindu, que, por sua vez, provém do sânscrito Sindhu. No idioma hindi, o nome do país é Bharat, que pertencia a um antigo reino local. Uma invasão ariana, ocorrida entre 1500 e 1200 a.C., foi responsável pelo início da urbanização.
O budismo surgiu no país no século V a.C., quando imperador Ashoka, adepto da religião, unira os povos do sul da Ásia. Os persas arquemênidas, no século VI a.C., e depois os gregos, no século IV a.C., com Alexandre, o Grande, dominaram a Índia. O primeiro império hindu instalou-se no norte por volta de 321 a.C. e contribuiria para o florescimento da ciência, arte e cultura indiana que permanecem até hoje.
A invasão árabe ocorreu no século VIII da era cristã e, através de várias dinastias, os muçulmanos permaneceram no poder até que as companhias de comércio surgiram em cena. A mais notável delas foi a Companhia Inglesa das Índias Orientais, que tomou o poder e dominou os muçulmanos, controlando a Índia a partir da segunda metade do século XVIII.
A Índia se tornou independente do domínio britânico em 1947, com a importante participação do líder político e ideológico Mahatma Gandhi. Devido às muitas tensões e conflitos sectários que ocorriam entre hindus e muçulmanos, resolveu-se criar um novo Estado, que abrigasse a imensa população islâmica das regiões leste e oeste da Índia: esse Estado é o Paquistão.
População
A Índia abriga a segunda maior população do globo: mais de um bilhão de habitantes. Por volta de 2050, é provável que a Índia ultrapasse a China e se torne a nação mais populosa do planeta, com quase 1,6 bilhão de pessoas.
Muitos indianos vivem em grandes aglomerados urbanos, sendo Mumbai (ex-Bombaim) o maior deles, com mais de 15 milhões de habitantes. Há, no entanto, outras dez cidades com populações superiores a um milhão. Nova Déli, com mais de 10 milhões de pessoas, é a capital do país.
A idade média da população é 25 anos, e 31% dos indianos têm menos de 15 anos de idade. Com uma população tão jovem, o governo tem sérias dificuldades para fornecer educação, saúde e alimentação adequadas ao povo. Problemas como analfabetismo, proliferação de doenças e mortalidade infantil abundam no país.
A Índia sempre foi uma nação extremamente religiosa e milhares de deuses são adorados em todo o país. O hinduísmo representa a maior parte da população, seguido pelos muçulmanos e cristãos.
Economia
A economia da Índia é a décima maior do mundo, a terceira maior da Ásia e cresce em ritmo acelerado. O crescimento da economia nos últimos dez anos fez a pobreza retroceder no país. A agricultura e a indústria são muito importantes: diamantes, joias e roupas são importantes produtos de exportação.
A variada economia indiana abrange a agricultura tradicional e moderna, artesanato, uma ampla diversidade de indústrias modernas e inúmeros serviços. O país é o segundo maior produtor de produtos agrícolas nos setores da flora, pescaria e madeiras. A agricultura e setores afins representam certa de 52% da força de trabalho da Índia. Os serviços são a fonte principal do crescimento econômico, responsável por mais da metade da produtividade do país, mas usando menos de um terço da sua força de trabalho. 
Fonte: Portas Abertas

07 July, 2013

Classificação de países por perseguição


CONFIRA A NOVA CLASSIFICAÇÃO DE PAÍSES POR PERSEGUIÇÃO 2013!


Com base em experiências de campo, anualmente, a Portas Abertas publica uma lista com os 50 países mais opressores ao cristianismo. Há três principais objetivos para esse levantamento: fazer dessa classificação um instrumento mais preciso de medição da extensão da perseguição aos cristãos hoje; determinar onde a necessidade é mais urgente e; assim, planejar melhor projetos e ações.

Perseguição é "toda e qualquer hostilidade vivenciada em qualquer lugar do mundo, como resultado da identificação de uma pessoa com Cristo. Isso inclui atitudes, palavras ou ações hostis contra os cristãos, partindo de fora do cristianismo ou em meio a ele". Ron Boyd-MacMillan

Em comparação ao ano anterior, a Classificação de Países por Perseguição, originalmente chamada de World Watch List - WWL,  chegou em 2013 com alterações significativas e destaques bastante curiosos; a começar pela maneira com que a listagem foi feita.
A explicação é bastante simples: até 2012, o questionário elaborado pela Portas Abertas, que considerava as áreas onde a perseguição religiosa era mais latente, era composto por perguntas genéricas, rápidas, e não muito aprofundadas. Para a classificação desse ano, o questionário apresentado aos cristãos em campo foi reestruturado e alguns fatores e detalhes foram postos na balança. O relatório passou a considerar dois aspectos da perseguição religiosa: o contexto da perseguição e as diferenças de perseguição de acordo com as comunidades hostilizadas.

Por esse motivo, esse ano surgiram importantes mudanças nas dez primeiras posições, com novos países que passam a integrar o quadro dos 50 mais intolerantes à fé cristã. Ao comparar a classificação de 2013 com a de 2012, atente-se aos seguintes destaques:
  • Países novos entraram na lista: Mali (7ª), Tanzânia (25ª), Quênia (40ª), Uganda(47ª) e o Níger (50ª).  
  • Como já citado, o Mali, na África, que não apareceu em classificações anteriores, já chega ocupando a 7ª colocação. Isso se deu porque, após um golpe militar de Estado em março de 2012, o país vive hoje um momento de tensões e mudanças políticas, o que reflete diretamente na perseguição à Igreja. O norte foi dominado por milícias islâmicas e, portanto, todas as igrejas dessa região foram destruídas e milhares de cristãos tiveram que fugir para o sul ou para países vizinhos.
  • Há onze anos consecutivos, a Coreia do Norte figura em primeiro lugar noranking.
  • Iraque está agora no TOP 5 da lista. Pulou da 9ª para a 4ª posição no quadro geral. Desde 2003, quando a invasão liderada pelos EUA derrubou o regime de Saddam Hussein, os cristãos tem sido alvo constante de grupos radicais islâmicos que atuam no país. 
  • Síria subiu 25 posições, a Etiópia 23 e a Líbia 9, o que significa que a perseguição nesses países se intensificou.  
  • Nigéria se manteve no 13º lugar, mas a perseguição que antes era considerada somente no norte do país, agora se expandiu para todo o território. 
  • China desceu do 21º lugar para o 37º e o Egito do 15º para o 25º. Entenda, porém, que essas alterações nas posições não significam, necessariamente, uma melhora na perseguição religiosa na China e no Egito, especificamente. O que acontece é que, devido à mudança na forma de classificação dos países, em alguns lugares a perseguição religiosa é maior do que nessas nações, o que fez com que muitos países descessem no ranking sem que a hostilidade aos cristãos tenha diminuído de fato. 
O esclarecimento acima pode aclarar também porque alguns países deixaram oranking, mas não devem sair da sua lista de orações, já que a perseguição não acabou. São eles: CubaBangladeshChechêniaTurquia e Belarus. É, novamente, a nova maneira de aferir a perseguição que provocou tal movimento na tabela. Relatos do campo informam que, sim, em determinados países, como a China, há sinais de melhora, mas, mesmo assim, as pressões contra minorias religiosas permanecem.
A boa notícia é que a perseguição tende a estar relacionada com o crescimento e o testemunho, e normalmente refina e fortalece a fé dos cristãos, não o oposto. Por isso, em geral, o aumento das pressões contra o cristianismo mostra que a Igreja está crescendo.
RANKING 2013 / 2012
Fonte: Portas Abertas